sábado, 23 de janeiro de 2010








Maputo
















Acabadinhos de chegar!

Uff. Finalmente nos sentamos a escrever.
Estamos no Naulilus, onde vimos à internet. O nosso pobre consumo é uma garrafa de água de litro e meio. E ainda saímos daqui com uma constipação. Lá fora estão 34ºC e cá dentro uns 20... Até faz doer o pescoço.

Já arranjámos casa para ficar. Mas comecemos pela argolada da Cáritas. Eu (Caetana) na minha ideia de um mundo mais barato achei que eram 20 meticais por noite - o que iria corresponder aos 46 cêntimos - mas afinal não. Eram 20€! Por pessoa! Fugimos dali e ligámos ao Sr. Jorge, do táxi que nos tinha lá deixado. Levou-nos a uma pensão que estava cheia nesse dia (voltámos no dia a seguir porque a segunda opção era bem bem duvidosa... putedo e quê... O Zé tava convencido que íamos morrer trocidados pela ventoínha que ameaçava cair do tecto a cada giradela). Mas enfim. E de aconselhar, a tal primeira opção: Pensão Bem Vindo na rua Ahmed Sekou Touré. De indianos, frequinha e branca, com um vom restaurante por trás.

Mas tínhamos que fugir daí também. Estávamos a pagar 500 meticais por noite, uns 12euros...
E começámos a falar com os contactos que tínhamos. As pessoas aqui são impecáveis, toda a gente ajuda, explica, indica e quando não sabe pergunta a quem sabe... Assim que falamos com este, aquele, aquela (tanta gente bacana) e acabámos na casa da Ermelinda, com a Luísa, o Euclides e a D. Emília que trata muito bem de nós. Pagamos uns 125€ pelos dois com refeições incluídas. Nice!

Basicamente é isso. Batemos a cidade a pé, não é assim tão grande e é toda em esquadria. Já demos também umas voltas de carro... Os transportes são uma loucura, mas também não temos precisado muito deles (excepto quando fomos com um amigo a ter um ataque de asma ao Hospital Central de Maputo... Imaginem... Um "chapa" de 12 lugares, de um indiano, com música indiana aos altos berros, a abrir e a abrir-se ao meio... Surreal).

Fruta de todas as cores e sabores. Há uma que é a Mafura que sabe a terra. A sério. A terra molhada. Mete-se dentro de água um bocadinho para amolecer e depois come-se. Estraanho...

Mas isto é tão fixe! Cervejinhas ao fim do dia nos cafézinhos locais. Conhecemos toda a gente por todo o lado, toda a gente nos apresenta ao próximo como amigo e, de amigo em amigo, estamos em casa. Sentimo-nos muito acarinhados por aqui. O sr. Jorge (do táxi) entretanto levou-nos aos subúrbios, perguntou-nos se queriamos ir ver, para conhecer. Claro que fomos, fomos com ele levar a namorada a casa. Ela vive lá porque a possibilidade de ter uma casa maior é mais fácil e a família é grande... Fomos, entrámos, todos nos recebem sempre bem. As ruas não são asfaltadas mas tudo tem um ar familiar, não necessáriamente perigoso.

De perigo, até agora nada. E pelo que dizem o mais que pode acontecer é o assalto. Enfim. Normal. Mete mais impressão o lixo na rua, os canteiros das árvores como latrinas, o pessoal a mexer no lixo, a bubadêra a dormir a meio da tarde no meio da rua...

Mas uma semaninha disto só dá vontade de mais... E ainda não saímos de Maputo! Estamos a pensar ir esta próxima semana a Inhaca que é aqui pertinho. Espreitem na net.

Muitos muitos beijinhos e abraços!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Capítulo I - 1º episódio: A despedida

De partida, é verdade.


Prometemos ter cuidado.
Não beber água; cuidado com as cobras, baratas voadoras e morcegos transmissores de raiva; com os mosquitos; com o calor; ... Bah. Prometemos, a sério.

Prometemos abraçar-vos no primeiro pôr-do-sol da savana.

Yeah.

Capítulo I - 1º episódio

Este é o primeiro episódio no capítulo de África.
Antes (tive pena de apagar) era o blog da casa de chá...

Portanto já sabem. Novo capítulo, só daqui para a frente.

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